SUPREMO
SUPREMO
Sumo é sangue
Que se exangue
Sumo é suor
Da luta, da dor
E o supremo
Despreza o sumo
Sumo é o povo
Que batalha, que labuta
Na incansável luta
Por um lugar ao sol
Por um arrebol
E do alto da sumidade
Suprema
O Supremo
Dá liberdade àqueles
Que desprezam o sangue
E o suor
Apropriando-se
Do que não lhes pertence
Suprema vilania
Mas o Supremo também
É Sumo
Mas o sangue não é seu
Tampouco o suor
Do salão condicionado
Em suas esvoaçantes capas pretas
Desprezam o sangue e o suor
Liberta malfeitores e seus protetores
Mancomunando-se
No crime de lesa-pátria
Párias
Moro num país que quer justiça
Moro num país que quer diminuição
Da desigualdade
Moro num país cansado
De subterfúgios para livrar facínoras
Moro num país que grita por moralidade
Sou sumo, quase seco de um supremo
Que me espreme
E bebe minha esperança