SUPREMO

SUPREMO

Sumo é sangue

Que se exangue

Sumo é suor

Da luta, da dor

E o supremo

Despreza o sumo

Sumo é o povo

Que batalha, que labuta

Na incansável luta

Por um lugar ao sol

Por um arrebol

E do alto da sumidade

Suprema

O Supremo

Dá liberdade àqueles

Que desprezam o sangue

E o suor

Apropriando-se

Do que não lhes pertence

Suprema vilania

Mas o Supremo também

É Sumo

Mas o sangue não é seu

Tampouco o suor

Do salão condicionado

Em suas esvoaçantes capas pretas

Desprezam o sangue e o suor

Liberta malfeitores e seus protetores

Mancomunando-se

No crime de lesa-pátria

Párias

Moro num país que quer justiça

Moro num país que quer diminuição

Da desigualdade

Moro num país cansado

De subterfúgios para livrar facínoras

Moro num país que grita por moralidade

Sou sumo, quase seco de um supremo

Que me espreme

E bebe minha esperança

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/05/2015
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