Do Amor a Morte

Um flerte

Um beijo

Um abraço

E lanço-me no espaço

Gelida a espinha

No momento a despedida

A inconsequencia querida

Nos braços da agonia

Doce lúgubre

Das minhas dores atroz

Do meu coração algoz

Que me fez delirar

Em um sonho

Em um pesadelo

Sem medo

Me fez secar

Ah querida libertina

Que meus olhos nunca vislumbrará

O quente brisa vespertina

Que meu corpo nunca sentirá

Ah doce senhora sombria

Vem em teus braços me embalar

Para longe levar-me

Para nunca mais lembrar-me do meu pesar

Pois com uma pena de cisne eu escrevi um carta

Em minha vida eu selei a ameaça

De viver em busca do amor

Ou morrer no tentar

Mais que dor maior

Do que a conquista efetiva

Se mostrar Indefinida

E ainda por cima

Ser o meu maior pesar ?

O amor é duro

Um castelo sem muros

Perigoso para se aventurar

A mim, tudo cobrou

Nada deixou

Alem de um sono sem sonhar

Então te aguardo senhora das viuvas

Para me levar

Pois minha missão foi comprida

Minha sentença deferida

E não há mais lugar para o meu amar