ÉBRIO DE CIÚMES

ÉBRIO DE CIÚMES

Toma juizo, *ó dor maldita*, e te abrandes

Em meu peito túrgido de agonia e fel!

Não sabia eu que amar assim fosse tão cruel,

Nem os golpes de um ciúme fossem tão grandes.

Em nosso melhor momento claramente ouvi

Balbuciares de alguém o nome sem querer,

Depois tentaste de mim, em vão me esconder

O nome tatuado desse alguém que conheci.

Ah, como doeu!

Sofro! e o silêncio é meu único confidente

Na mordaça que me impede da alma o grito!

Éuma paixão a aliciar um coração aflito,

Sufocando quem de ciúmes vive dolente.

Amei-te tanto! ...

Ah quem me dera fosse amado assim também !

Apenas sonhos! doses de ilusão que consumi !

Embriaguei-me,. e como ébrio eu me perdi...

O instinto manda que eu não ame mais ninguém.

De egê- sp

*Ó DOR MALDITA* referência a própria pessoa com quem o poeta fala.

EGÊ VALADARES
Enviado por EGÊ VALADARES em 03/04/2015
Reeditado em 03/04/2015
Código do texto: T5194132
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