A Última Estrela
Doma!
O meu gosto têm andado tão ressequido...
Cinzeiro cinzento para as cinzas emoções.
Amargo, destilado, ardido...
O beijo esperado não chegou.
Podia ter-me docilizado,
Apartado minhas guerras e freado minhas convulsões.
Mas não.
Doma! Eu implorava.
Longe de constelações, astros, vinhos ou confissões...
O meu prazer têm percorrido um mármore frio.
Gemer, retorcer-me, gozar... Vazio.
Suponho que o calor que preciso
Tenha morrido com a última estrela.
Teu beijo também.
Mas o Outono chegou.
Tal qual a árvore gigante do quintal, estou desfolhando-me.
A única certeza que me traz a estação, é a secura das leis de renovação.
Não, não doma eu.
É ofício de uma Vida inteira.
Que não é sua!
Você jamais conseguiria.