PASSADO OBSCURO

Ela, sozinha, no escuro,

deitada, se deixa voar

até um passado obscuro,

onde se entregou, sem pensar.

Pensou que amor existisse,

mentiras bailavam no ar.

Num dia qualquer ele disse

adeus para não mais voltar.

Retorna ao presente e chora,

lembrança lhe fez muito mal.

Aquela mocinha de outrora,

se esconde na dama atual.

Lábios nunca mais beijados,

pele a queimar de tesão.

Olhos, sem brilho, cerrados,

vazio é seu coração.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 21/03/2015
Código do texto: T5177556
Classificação de conteúdo: seguro