O tempo esgota a face da desiludida, não amada, intensa descuidada
Em seu semblante, antes da bem guardada silhueta, sorriso é opção

Seus olhares almejam o panteão de ver o todo que se arma em volta
Um circo de imagens, lembranças convencidas, lhe pede esperanças

Em sua formosura imersa na ilusão do belo, ela possui o desencanto
Suave lhe era a noite fascinante, e sua Lua discute se o Sol ofusca

Tempo hábil se revela rápido e se queixa da velhice, em receita anciã
Minutos arfantes, fogosos e farsantes, serão os segundos enfeitados

A cada hora se dilui à espera de um tempo que lhe deveria estacionar
O evento dos anos omissos na pele, esta que é uma ilusão das belas

Ela olha ao finito céu das nuvens bravias e o cosmos peca infinitudes
A única teologia de seu ser está além das estrelas, num escuro véu!

Pobrezinha, em que reluta abandonar uma servidão-mulher, se iludirá
E sua vida em trilhas majestosas embalará o sonho da fada madrinha

Amôr que te ilude os sermões de sua oração, invocarão as mágicas
Uma fantasia encarnada lhe será a única convidada ante sua solidão

Seu choro envolto em lágrimas tediosas a deixam solenemente triste
Em sua desilusão avaliada sabe que seu destino corre desventuras...
     
O inusitado enfeita sempre o que te vê... ( Jú / 2015 )
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 21/03/2015
Reeditado em 21/03/2015
Código do texto: T5177444
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