Não deixe ir
Em mágoas afogo meu desgosto.
Por linhas tortas demonstro meu esforço.
Tento trazê-la para perto de mim
mas o seu ego e sua ignorância te deixaram assim.
Por que vais se distanciando do meu amor?
O que te faltas, nobre uva?
Não me deixes perder meu valor.
Ó límpida água
que escorre e limpa meus sentimentos
até quando vou suportar esse momento?
Deixe-me finalizar o que comecei.
Desfazer todo o amor que a ti eu dei.
Deixe-me amargar a solidão.
Pois ao teu lado estou colhendo desilusão.
Fi-lo de modo tão doce e sensível
até suas amigas amoras me queriam pra si.
O que falta-te, uva?
Regei-te e cuidei-te como se fosse a última do cacho.
E agora vens com agressividade e esculacho?
Minha doce uva, não fiques amarga.
Pois se tu ficares indigesta,
procuro outra uva me me alimentar.