Não deixe ir

Em mágoas afogo meu desgosto.

Por linhas tortas demonstro meu esforço.

Tento trazê-la para perto de mim

mas o seu ego e sua ignorância te deixaram assim.

Por que vais se distanciando do meu amor?

O que te faltas, nobre uva?

Não me deixes perder meu valor.

Ó límpida água

que escorre e limpa meus sentimentos

até quando vou suportar esse momento?

Deixe-me finalizar o que comecei.

Desfazer todo o amor que a ti eu dei.

Deixe-me amargar a solidão.

Pois ao teu lado estou colhendo desilusão.

Fi-lo de modo tão doce e sensível

até suas amigas amoras me queriam pra si.

O que falta-te, uva?

Regei-te e cuidei-te como se fosse a última do cacho.

E agora vens com agressividade e esculacho?

Minha doce uva, não fiques amarga.

Pois se tu ficares indigesta,

procuro outra uva me me alimentar.

Caio Vieira
Enviado por Caio Vieira em 15/03/2015
Código do texto: T5170800
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