A calma abstinência

E à ti meu querido amor,

Que posso eu desejar?

Além da triste e fria morte,

Que é a única certeza da vida

E nada há de se esperar

Além das cinzas ao vento

A relva que brota tranquila

As lágrimas e o tormento

A chuva mansa na colina

Escorrendo como suor

Por entre teus dedos sujos

Inundando tua boca seca

Hidratando sonhos cálidos

Por uma relés esperança

De um dia dourado

Que não há de voltar

Assim como a vida

Que se esvai devagar

Sem retorno definido

Sem alívio imediato

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 08/03/2015
Reeditado em 09/03/2015
Código do texto: T5162968
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