Bobo da Corte
Era uma vez, um coração bobo
Feliz, até o dia que se sentiu abandonado
Antes de tudo dar errado,
Visitava reinos e mais reinos sendo palhaço
Anfitrião do amor, com todo o seu bom humor
Um péssimo dia,
Alguém resolveu lhe dizer a verdade
Que rir do amor não era assim tão engraçado
E que ele só podia, nunca, ter sido apaixonado
Mas no reino, alguém precisava sorrir
Tratar do amor como palhaçada, ou artigo de farra
Amar não podia ser tão sério assim,
E quando era, fazia da vida uma novela de tragédias sem fim
Era insuportável chorar, estar infeliz
Ver o que era amor de repente ser dor
Se amar fosse tão inocente,
Ninguém jamais desejaria esquecer o que sente
Coração bobo um dia amou...
Parou de fazer rir todos aqueles que queriam se iludir
Mas outro dia, foi abandonado
Aquele alguém esqueceu de dizer a mentira
Qualquer uma que explicasse sua sina
Por toda vida, somente ria
Sorria para sorte do amor como se fosse uma rainha
Sábios corações nunca coroam sentimentos
Ensinam ao coração a pobreza da solidão
Para viverem felizes entre a fortaleza da frieza.
Coração bobo não nasceu para amar
Nasceu para fazer sorrir aqueles que amam, sem nada para chorar.