Acorrentado a paixões
Sou escravo de meus sonhos.
Qual o amado de sua musa,
Um fino caule da fina flor,
O sofrimento de todo amor.
A dor de um mero servo é implacável!
Tenciono grãos de luz,
Num universo indomável.
Que com seus grandes tentáculos
Abraçam-me de maneira voraz,
Subtraindo-me todas as forças.
Para que lucidez?
É preferível a dor da frustração
A dor do vazio.
Me enobrece a submissão,
De esperar que brindemos a sós,
Por nós, por todos.
Em belas praias desertas.
Cobertas com a luz flamejante,
Pulsante que seca o mar...