Te vejo assim, como quiseres, distante a falsificação
Eu te desejei, funesta e erradamente, e soluçando...
Agora tu me renegas na surdina, a oculta infelicidade
Abandonaste o triunfo de uma vida que lhe quer bem
Foste a diva desnecessária de mau momento lascivo
E eu me enganava, solitário ermo, ao te contemplar!
Desvaneces em cera, a carne óssea, numa saudade
Tentei te eternizar os quadros que hoje desmoronam
De ti eu tenho a lembrança as idas e vindas amáveis
Amarguei o fim do menestrel eremita, cânticos fúteis
Lamento o conhecer de tão fria chama que não amou
Sozinha deves a ficar pedindo a mim outras orações
E te deixo, a desfazer-se em choros como o lamaçal!
Grito ao desespero que te conhecer destruí a paixão!
Fique aí, ingrata estatua, fatídica frieza, louca infame
Ao longe te olharei perdida, sofrida, até nunca mais...
Uma estátua de lama, sem pensamento, nada mulher
Alguem te dirá em sua memória que fui iludido à toa!
Pena que te perco com tamanha angústia, pequenina
Permaneça neste trono, a lamuriar em líquidos mares
Eu navegarei pra longe de ti, nos mais vastos oceanos
Sua ilha te pertence, tu mesma és ilha, rainha deserta
Enfim, arrastarei a recordação, no continente humano
Entre seres e coisas que de afeto bastam para mim...
Eu te desejei, funesta e erradamente, e soluçando...
Agora tu me renegas na surdina, a oculta infelicidade
Abandonaste o triunfo de uma vida que lhe quer bem
Foste a diva desnecessária de mau momento lascivo
E eu me enganava, solitário ermo, ao te contemplar!
Desvaneces em cera, a carne óssea, numa saudade
Tentei te eternizar os quadros que hoje desmoronam
De ti eu tenho a lembrança as idas e vindas amáveis
Amarguei o fim do menestrel eremita, cânticos fúteis
Lamento o conhecer de tão fria chama que não amou
Sozinha deves a ficar pedindo a mim outras orações
E te deixo, a desfazer-se em choros como o lamaçal!
Grito ao desespero que te conhecer destruí a paixão!
Fique aí, ingrata estatua, fatídica frieza, louca infame
Ao longe te olharei perdida, sofrida, até nunca mais...
Uma estátua de lama, sem pensamento, nada mulher
Alguem te dirá em sua memória que fui iludido à toa!
Pena que te perco com tamanha angústia, pequenina
Permaneça neste trono, a lamuriar em líquidos mares
Eu navegarei pra longe de ti, nos mais vastos oceanos
Sua ilha te pertence, tu mesma és ilha, rainha deserta
Enfim, arrastarei a recordação, no continente humano
Entre seres e coisas que de afeto bastam para mim...