O Mundo é o Mesmo
Todos os rostos trazem a mesma expressão perdida
As mesmas lágrimas de agonia
O mesmo riso mecânico em um falso instante de alegria
Na claridade da nova era
O que procuro?
Tudo tão iluminado é
Que de tão brilhante tudo é tão escuro!
As vozes ecoam no mesmo timbre enjoado
todos dançando os mesmos passos
e o certo parece ser um canto desafinado
é o balé de quem por anjos não foi ensaiado...
Nunca o certo pareceu tão errado!
As almas de tão cheias estão vazias
E as almas vazias consideram-se cheias
e todos estão estufados do espaço vago dessa era que se inicia...
A língua do profano lambuza a boca do sagrado sem espanto
A cópula da perversidade é coberta por trapos do sagrado manto...
Em trevoso antro anjos e demônios dão-se o desfrute
para o ápice do prazer do santo
Eis que a nova era nasce do meio das pernas do pecado...
O que procuro?
Se o mundo é mundo e não existe atalho?
O homem continua o mesmo
Porem mais refinado em seus levianos atos?
Sou homem e em nada sou melhor
Sou homem e de minha humanidade tenho meu bocado...
Contudo, isso não me impede de lastimar
Não me impede de me sentir cansado...
Esse joguinho furado onde brilha a luz do amor
que abre portais por onde passa um disco voador...
Esse joguinho mesquinho de salvação
não me cativa, não me conquista, não toca o coração...
Eu quero eternamente de meu silêncio a benfeitora solidão
Nela não há espaço para a hipocrisia
de quem diz amar durante a noite
mas odeia e escarnece a luz do meio dia!
Risadinhas e palavras ao vento...
Lamento
Mas eu por mim me basto
não tenho que carregar o peso de um astro
Muito menos a kabuki da falsidade...
Eu não sou santo
não devo penitência
não marco padrões
e minha régua é deveras pequena
E por assim ser
-Do verbo rasgado
do papo furado
Do “dane-se o sagrado”-
Eu não carrego em meu rastro o peso de um personagem
O maior pecador do mundo?
Não, apenas tento na liberdade que se chama verdade
e não em uma invenção sacro-cósmica “farabutta”!
Não, não sou maior em coisa alguma...
“Mea culpa”!
Todos os rostos trazem a mesma expressão perdida
As mesmas lágrimas de agonia
O mesmo riso mecânico em um falso instante de alegria
Na claridade da nova era
O que procuro?
Tudo tão iluminado é
Que de tão brilhante tudo é tão escuro!
As vozes ecoam no mesmo timbre enjoado
todos dançando os mesmos passos
e o certo parece ser um canto desafinado
é o balé de quem por anjos não foi ensaiado...
Nunca o certo pareceu tão errado!
As almas de tão cheias estão vazias
E as almas vazias consideram-se cheias
e todos estão estufados do espaço vago dessa era que se inicia...
A língua do profano lambuza a boca do sagrado sem espanto
A cópula da perversidade é coberta por trapos do sagrado manto...
Em trevoso antro anjos e demônios dão-se o desfrute
para o ápice do prazer do santo
Eis que a nova era nasce do meio das pernas do pecado...
O que procuro?
Se o mundo é mundo e não existe atalho?
O homem continua o mesmo
Porem mais refinado em seus levianos atos?
Sou homem e em nada sou melhor
Sou homem e de minha humanidade tenho meu bocado...
Contudo, isso não me impede de lastimar
Não me impede de me sentir cansado...
Esse joguinho furado onde brilha a luz do amor
que abre portais por onde passa um disco voador...
Esse joguinho mesquinho de salvação
não me cativa, não me conquista, não toca o coração...
Eu quero eternamente de meu silêncio a benfeitora solidão
Nela não há espaço para a hipocrisia
de quem diz amar durante a noite
mas odeia e escarnece a luz do meio dia!
Risadinhas e palavras ao vento...
Lamento
Mas eu por mim me basto
não tenho que carregar o peso de um astro
Muito menos a kabuki da falsidade...
Eu não sou santo
não devo penitência
não marco padrões
e minha régua é deveras pequena
E por assim ser
-Do verbo rasgado
do papo furado
Do “dane-se o sagrado”-
Eu não carrego em meu rastro o peso de um personagem
O maior pecador do mundo?
Não, apenas tento na liberdade que se chama verdade
e não em uma invenção sacro-cósmica “farabutta”!
Não, não sou maior em coisa alguma...
“Mea culpa”!