NÃO SEI QUANDO. NÃO SEI COMO

Não sei quando

nem sei como

Em algum momento

perdi o norte

Foi-se o alento

como se a vida

a cada dia

gritasse em meus ouvidos

"Vou sair de cena,

diga oi para a morte"

Sinto o tempo

escorrendo pelos dedos

Impotente, sem forças

bem que tento reagir

Parece mais fácil reclamar

praguejar pela sorte de outros

e de algo que impregna meu ser

algo chamado azar

Vivo acompanhado

pela solidão

que com seus braços frios

envolve meu ombros

lembrando-me do quanto sou

egoísta

Sou uma alma perturbada

Um ser opaco sem direção

Alguém que anda cabisbaixo

com um rosto escondido

sob uma carranca

Implorando em silêncio

por alguma atenção

Deep Blue
Enviado por Deep Blue em 11/02/2015
Código do texto: T5133871
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