NÃO SEI QUANDO. NÃO SEI COMO
Não sei quando
nem sei como
Em algum momento
perdi o norte
Foi-se o alento
como se a vida
a cada dia
gritasse em meus ouvidos
"Vou sair de cena,
diga oi para a morte"
Sinto o tempo
escorrendo pelos dedos
Impotente, sem forças
bem que tento reagir
Parece mais fácil reclamar
praguejar pela sorte de outros
e de algo que impregna meu ser
algo chamado azar
Vivo acompanhado
pela solidão
que com seus braços frios
envolve meu ombros
lembrando-me do quanto sou
egoísta
Sou uma alma perturbada
Um ser opaco sem direção
Alguém que anda cabisbaixo
com um rosto escondido
sob uma carranca
Implorando em silêncio
por alguma atenção