O COPO DA CHINA.

O copo de vidro da China

Não era um cristal da Boémia

Mas brilhava ali

Permanecia ali

Ao olho nu, vazio;

Na lista de espera

Do vinho e dos lábios

De quem o haveria de tocar

- Molhar as suas bordas

De lágrimas ou de desejo.

O copo de vidro barato

De arestas delicadas

Ficaria um barato

Se estivesse ali

Cheio de vinho,

Mas ele permanecia ali,

Vazio, transparente, nu...

- Gravido de ar

Na lista de espera

Sobre a mesa

Que nem se quer esperou

A Primavera chegar

Para se vestir de flores.

Geo Santos
Enviado por Geo Santos em 09/02/2015
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