MINH'ALMA SOFRENTE
Desfiando rosário de amargura
Minh'alma soluçante de dor
Mergulha na tristeza e múrmura
Magoas de ingrato amor.
Os dias passam-me devagar.
As noites, à mim, não são diferentes.
As lembranças estão a me rondar.
Pobre minh'alma sofrente!
Por não me conformar
Com a sorte a mim destinada...
Do breu hei de despertar
Para ir de encontro à luz esperada.
E, finalmente, então beber
Do cálice da paz desejada
Pondo fim o padecer
De uma vida enfadada.