A CENA
E então
Veio o medo,
Todos fugiram
O quarto estava vazio.
Nada se fez ouvir,
O silencio tomou conta da voz,
O céu se escureceu
Luzes já não haviam.
Um grito se prendeu na garganta,
A boca estremeceu
Diante do espelho
A imagem apagada.
Uma chama queimou o rosto,
O suor se misturou com a lágrima
A mão se prendeu a arma,
O brilho do punhal doeu nos olhos.
O medo ainda maior,
O vento bateu na janela,
O espelho com um raio se quebrou,
A tempestade se fez presente.
O sangue molhou o tapete,
A porta abre de repente,
Um grito,
O punhal já se encontrava no peito.