Sufocando
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Esperar sufoca.
Tenho a expectativa do medo,
receios e incertezas.
Minha liberdade incomoda.
Meu aprisionamento também.
Não posso ir;
ficar, independe de mim...
Batemos cabeças;
nossos corações pulsam
em diacronismos históricos.
E dimensiono,
inconscientemente,
o quantum da tua ausência.
Tu demoras demais!
Não vens. Não vais.
Quando grito, entretanto,
zombas dos meus ais!
Um dia – perdido.
Um mês.
Um ano, duas vidas.
Vidas em jogo.
Jogatina, idas e vindas,
vidas jogadas.
Embaralhe as taças.
Despoje-se das trapaças.
Quero a publicidade das praças;
dizer que estamos,
apesar de todos os medos,
decidindo tentar.
Esperar sufoca!
Fortaleza-CE, 16 de janeiro de 2015.
01h47min
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