ÚLTIMA POESIA

ÚLTIMA POESIA

Não sei porque meu canto incomoda tanto...

Responda-me agora inspiração

Aonde posso te encontrar?

Eu cismava que tu eras a razão

E criavas asas pra humanidade salvar.

Cismava por vezes outras, que descias

Lá do alto das montanhas .

Nunca percebi os orgulhos teus.

Via-te envolvendo aquele que cria

E o que perdeu a fé em Deus.

E pelos campos verdejantes

Nos corpos suados dos amantes

Num verso que não rimava

Debaixo do cobertor com nome

E na voz do artista que grita

Por quem sente frio e fome.

Mas se da razão te evades

Ao ponto de me obrigar a sorrir se estou triste

Então és também egoista e fria

E o que serei eu se não existes ?

Não me procures mais...

Esta é a minha última poesia.

Mariáh Oliveira
Enviado por Mariáh Oliveira em 31/05/2007
Reeditado em 01/06/2007
Código do texto: T508378
Classificação de conteúdo: seguro