ÚLTIMA POESIA
ÚLTIMA POESIA
Não sei porque meu canto incomoda tanto...
Responda-me agora inspiração
Aonde posso te encontrar?
Eu cismava que tu eras a razão
E criavas asas pra humanidade salvar.
Cismava por vezes outras, que descias
Lá do alto das montanhas .
Nunca percebi os orgulhos teus.
Via-te envolvendo aquele que cria
E o que perdeu a fé em Deus.
E pelos campos verdejantes
Nos corpos suados dos amantes
Num verso que não rimava
Debaixo do cobertor com nome
E na voz do artista que grita
Por quem sente frio e fome.
Mas se da razão te evades
Ao ponto de me obrigar a sorrir se estou triste
Então és também egoista e fria
E o que serei eu se não existes ?
Não me procures mais...
Esta é a minha última poesia.