O ÚLTIMO SUSPIRO

O ÚLTIMO SUSPIRO

O último verso sai do teu peito arfante

Sem inspiração, sem amor, talvez desilusão

Que importa se é o último agora, neste instante

Quiçá um dia vibre um novo coração,

Pujante, alegre e sem amargura

O sorriso volte a um inocente rosto

Cheio de rugas mas de vontade pura

Onde se apaga todo o teu desgosto.

Dobrem os sinos a estes tristes versos,

Outrora feitos em badalar de amores

Onde a luz das letras tinha os seus fulgores.

Mas as tuas letras tinham os seus reversos

Ora eram tintas, ora multicores

Perfume de rosas de todos os olores.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 26/12/2014
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