O ÚLTIMO SUSPIRO
O ÚLTIMO SUSPIRO
O último verso sai do teu peito arfante
Sem inspiração, sem amor, talvez desilusão
Que importa se é o último agora, neste instante
Quiçá um dia vibre um novo coração,
Pujante, alegre e sem amargura
O sorriso volte a um inocente rosto
Cheio de rugas mas de vontade pura
Onde se apaga todo o teu desgosto.
Dobrem os sinos a estes tristes versos,
Outrora feitos em badalar de amores
Onde a luz das letras tinha os seus fulgores.
Mas as tuas letras tinham os seus reversos
Ora eram tintas, ora multicores
Perfume de rosas de todos os olores.