Sem saída

As aparências nos traem

Por sempre apresentar alguma ilusão

Os olhos inocentes caem

Sem poder contemplar a real dimensão

Quantas vezes quis acreditar

Ser minha felicidade algo real

Mas como é possível enganar

Alguém que conhece o mais vital

Posso interpretar perfeitamente

Usar as artimanhas mais consagradas

Contudo, erroneamente

A fraquezas serão evidenciadas

O grande fato a lamentar

É a vitima que resta no fim

Que, crente e fiel, julgou amar

Sem ao menos receber coisa assim

No fim, sobram lamentos

Descrença de algo mudar

Em meio a dor e sofrimento

Resta fechar os olhos e sonhar

Quem sabe, ao despertar

Tudo não passou de pesadelo

Esfregar os olhos e sorrir

Final feliz, adeus ao medo

Antes fosse este o encerramento

Eis um belo devaneio

Resta dar seqüência a sina

Unir os lábios, a quem não queria