Frágil
Maria Antônia Canavezi Scarpa
Estou frágil e choro manso
sua distância, sua falta, ultrapassou minha essência
deixou-me transparente
descoberta em todas minhas vivências
Sempre tão esperta
fui me perder nas lembranças
querendo eternizar instantes e não percebi
minha vulnerabilidade
Tenho pressa e queria ir te buscar
lá onde o indelével destino o mandou
preciso me juntar aos seus cacos
apostar na sorte, na dor, no nosso amor
Partilhe comigo essa ilusão
senta aqui, como antes
venha brigar comigo, sempre fui temperamental
mesmo assim me abrace, diminua a distância
Somente você aguça os meus sentidos
com sua serenidade desnudava os meus instintos
desabrochava novos dias
não posso permitir que não me atenda
Precisamos conversar
ficamos devendo explicações um ao outro
não foi justo partir como partiu
matando sua presença...