Frágil

Maria Antônia Canavezi Scarpa

Estou frágil e choro manso

sua distância, sua falta, ultrapassou minha essência

deixou-me transparente

descoberta em todas minhas vivências

Sempre tão esperta

fui me perder nas lembranças

querendo eternizar instantes e não percebi

minha vulnerabilidade

Tenho pressa e queria ir te buscar

lá onde o indelével destino o mandou

preciso me juntar aos seus cacos

apostar na sorte, na dor, no nosso amor

Partilhe comigo essa ilusão

senta aqui, como antes

venha brigar comigo, sempre fui temperamental

mesmo assim me abrace, diminua a distância

Somente você aguça os meus sentidos

com sua serenidade desnudava os meus instintos

desabrochava novos dias

não posso permitir que não me atenda

Precisamos conversar

ficamos devendo explicações um ao outro

não foi justo partir como partiu

matando sua presença...

Tília Cheirosa
Enviado por Tília Cheirosa em 30/05/2007
Código do texto: T507477
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