HEMATOMA


Impossível acreditar, mas por causa de um
Hematoma, foge de nem diabo da cruz.
Mesmo sabendo que não é maligno só
Desequilibra caindo de mau jeito perde
O cancioneiro dos instantes agradáveis.

Canário falador é esquecido como terrível
Vingança na impulsividade lida na escrita.
Cadê a fé a consideração respeito carinho?
Coisas do passado presente destroem
Corações livres, mas com tanta mágoa e desamor.

Indiferente segue com barco sem orientação.
Que pena! Pensar em futuro, não existe.
Algo é cegueira sem cura não fala nem geme.
Talvez seja metamorfose ambulante dizia Raul.
Não há lembrança das festividades natalinas.

A chuva não cai ou cai demais desarrumando tudo.
Friamente seres incessíveis morrendo lentamente.
Cuida-se dos hematomas com cremes medicinais.
Na dor impossível ajuda já que, a consciência condena.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 15/12/2014
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