Fina Dama

Queres saber de mim?

Não, não queres

Sou desvairada, desbocada

ando de pés no chão

Como com as mãos

Te enganei hein!

Me imaginasses, fina dama

Nem fina sou, sou afofada

E de dama, nada tenho

Ah, coitado! Desanimou do

banquete...

Como levar-me a festa chique

se estou fora de requinte

Sou até meio hippie

Nada a ver contigo, não é?

Chorei tanto por ti, meu caro

Sofri, penei, paguei todos os

pecados

Senti-me morrendo

Demorou...

Mas uma ducha fria, caiu

sob minha cabeça

Acordou-me

E comecei a ver que de bom

nada tinhas a oferecer

Que iludi-me com alguém inexistente

E como não sou fina dama

De vez te deixo partir de dentro

de mim...

Sou como sou, não mudarei por ninguém...

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 08/12/2014
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