Meus poemas, meus mundos...

Me contenho na escuridão desta sombra

que me escuta sonolenta nesta casa

onde tudo não se enxerga.

Procuro induzir-me aos movimentos e então me sinto,

sei que estou vivo em pleno pranto

e por isso, acordo e canto.

Ouço o ar do mundo e me convenço

de que se o mundo está triste e não me entendo

porque meus poemas moram nele.

Hei de construir sonhos extravagantes e pôr o surreal em nossa mesa

e quando quiserem chorar do real, os farei medo

e o mundo voltará a ter outro semblante.

Meus poemas se auto desenham com a face da alegria

e se saem tristes, não é por mim, é por tudo,

São pelas tempestades e pelos absurdos,

No que vejo da dor na face alheia.