Desilusão
Ao molhar os pés no rio da solidão
Segui-me na trilha a caminhar
No curso as águas a me olhar
Cegou-me a vista a escuridão!
Mergulhada neste vasto cemitério
Erguidas torres brancas envelhecidas
Os pês nus nas pedras esquecidas
Neste ar sombro segui-se o mistério.
Neste túnel ergue-se a devastação
As florestas ja não existem mais
O rio que banha a terra se desfaz
Tal qual dor infinita, toca o coração!
Se o presente leva-me ao futuro
Já não tem mais o que se esperar
Segue-me como zumbi no estradar
Até tombar no espaço impuro!
06/12/14