FRÁGIL
Vivi tantos sonhos!
Alimentei ilusões
Que só existiam,
No abstrato
Do meu pensamento.
Perdi-me na contra
Mão do destino,
Que não me deixou
Encontrar a felicidade.
Fui viajante errante
Das trilhas desconhecidas;
Das noites mal dormidas.
Vivi tantos sonhos!
Deixei-me levar
Pelo encanto das flores;
Pelo brilho sedutor
De uma estrela
Perdida, sem rumo.
Que me roubou
O amor que pensei
Ser só meu.
Que foi passageiro,
Evolvente quando nasceu;
Que se tornou frágil;
Quando me disse adeus.