Ausência
Daquele olhar nada sobrou...
Não ficou desejo;
Não apareceu a dor.
As mãos não lembram das carícias;
Não sobrou malícia;
Elas já não querem saber o que a roupa tem a esconder.
A boca não procura a pele...
Não quer mais saber das texturas do seu corpo.
O desejo mudou de endereço;
Perdeu-se nesse meio tempo em que o corpo levou para lembrar-se.
E o coração...
Há o coração !
Resolveu arquivar no fundo de uma caixa as batidas descompassadas provocada por sua chegada .
E aquele olhar que tudo mostrava;
Tudo sentia;
Agora mostra o NADA onde você existia.
Rio; 26/11/2014