DÚVIDA...
Hoje acordei com um não sei o quê...
Uma cisma, um pressentimento
Como se um passarinho a me dizer
Alertasse pra mais um sofrimento.
Um certo desconforto, uma agonia
Quatro não quer ser dois mais dois...
Não se encaixa ato com o que dizias,
Tento decifrar mas fico no ora pois.
Com este desconforto profundo,
Repassando palavras e atitudes,
Vendo quase a ruir meu mundo
Finjo que minha razão tu iludes.
Prefiro muito mais que pena, morte...
Sempre me contento com teu pouco.
Morria entregue à própria sorte
De possuir um amor quase louco.
Não mendigo o resto de outra mesa,
Minha alma só queria um pouco de paz...
Meu coração não tinha mais beleza
Mas beleza por piedade não satisfaz!