Castelo de ilusões
Nas esquinas da grande cidade perdi-me
Na esperança de um alívio encontrar
Por caminhos tortuosos tenho andado
Na ilusão do meu sonho de vida realizar
E nesses caminhos vi pés que chegavam
Dançantes e partiam apressados
Vi olhos brilhantes como estrelas
E outros turvos como prenuncio de temporal
Dormi em degraus sujos, fui feliz.
Pois mesmo sendo eu o produto
A remuneração permitia o sustento
A vida de conto de fadas da vovó
Não foi escrito pra mim
O tempo passou e o mundo não mudou...
Vago pelas esquinas, mas já,
Não há ilusões...
Tudo é temporal.