PEQUENINO MUNDO
PEQUENINO MUNDO
(Por Aglaure Martins)
Labirinto em cada esquina
sina d'um caminhante
que debulha o rosário
do verbo de conjugação errante.
Bate estacas em muralhas
para apregoar o papiro vazio
rabiscos traçados no linho
das histórias desalinhadas.
Coração que nunca alcança
q' vive sem sonho real
diz adeus a esperança
pois cansou do surreal.
Bate estacas em muralhas
desse tão pequenino mundo
muda a rota da estrada
no universo vagabundo.
Cospe fel , palavras amargas
rasga o silêncio, o véu
arranca do peito a espada
deglute veneno ao léu.
Bate estacas em muralha
grita rimas inversas
versa o verso , re(versa)
discursa ao vento... Nada mais resta.
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JP25102014