Vigilância nas noites
Quantos desejos desenfreados,
nas ruas, bares, boates das cidades.
Espalhados no ar, lábios ardentes,
desejos latentes, convites para o prazer...
Quantos olhares aguçados,
espreitam na noite, sobre luzes mortiças...
Quantas coisas acontecem...
Onde magoas são derramadas,
engolidas juntos com bebidas,
o desabafo em cada gole...
Os vícios exacerbados aparecem,
as drogas as taras acontecem, assassinos,
ladrões. Bandidos, aparecem,
são como mariposas, vampiros da noite...
É na escuridão que o mal se revigora,
ganha forças, onde o maligno fica inspirado,
e tudo de ruim aflora...
Entre baforadas nas fumaças de cigarros,
álcool e jogatinas,
muita gente se esconde, dissimulam prazeres
que na verdade não existem,
e muitos tristes amanhecem
vendo e sentindo que são só ilusões
que esvaecem como fumaças no ar,
só restando decepções, arrependimentos,
e dores na consciência...
Cláudio Domingos Borges