Herança
Uma mão anonima descreve
sem palavras um rosto vazio.
A força morta de um olhar
rascunha o vento, em busca
de uma lágrima perdida.
Dentro de mim uma voz muda
Grita em silêncio o meu nome.
Retalhos mórbidos de várias gerações
No germe de um clone doente.
Um homem fragmentado em si
Imerso na loucura de seus impulsos,
Preso na solidão de seus atos.
Conduta torpe carregada no sangue,
Herança maldita na lembraça da alma,
Evolução cética de pureza nenhuma.