Fluindo para o mar

Meu ser...

Era um rio caudaloso a fluir para o mar,

Sou agora, quase todo alma em poças a secar,

Estancado em leitos secos que correram águas.

Eu...

Quase todo alma, interrompido do sonho de chegar ao mar,

E nesta insolação em que me seco, só tenho ânsias da alma.

O que sobrou de mim...

Desertos de antigos rios navegados,

No ruir das coisas frente ao tempo,

Passei... Passei... Passei!

E quem me dera, dizer de um mundo que não passasse!

Cesar Machado Sema
Enviado por Cesar Machado Sema em 24/09/2014
Reeditado em 30/09/2014
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