ESCAVO

Com minhas mãos abruptas

Escavo no calor do dia

Um lugar para minhas emoções

E para minha vã poesia

Sou um garimpeiro do amor

Que lavra ouro de aluvião

Que se esconde nas paredes

Escuras do coração

Sou infeliz e de sorte pouca

E me perdi na noite rude

Das alma vazias

Garimpei seu amor

Nas sombras da dor

E das flores doentias