R E F É M
Dos encantos do paraíso
Já se perdeu a esperança,
A vida se subestima,
Só Deus que traz a bonança,
Do que vem da boca do povo
Já não se tem confiança:
É o infortúnio do mundo
Bailando na contradança.
Das virtudes e saberes
Tem se perdido o compasso,
Tantos na contramão,
Parecendo o negro gato,
Outros pagando de bobo:
Armam, tocaiam e jogam o laço,
Vem gente até do inferno
Fazer do povo palhaço.
Não sei se estou sendo claro,
Não quero ser delator,
Chega de demagogia,
Tanta jogada e complô!
Não insista e me permita
Ter sensatez e pudor,
Já disse, repito e afirmo:
Não vou votar no senhor!