Hiatus I
Quando tua alma em sonhos se ergueu
E como o vento se apoiou à minha
Perdi a tinta que traça a linha
De sangue feita, do peito teu
Deixei o verbo, grito alucinado
E sobre a grama bendita deitei
"Maldita grama!", revolto gritei
Mas à tua sombra 'inda 'stou deitado
Agora teus dedos os meus já soltaram
E os verdes gramados, o meu firmamento
Lágrimas vertem em grande lamento
Criando as tintas que já me voltaram