Folhas que caem

Caem as folhas no outono,

no nosso olhar.

Cada dia que ganhamos

é a consumação e a aproximação

do inevitável desmancho.

Das nossas ilusões.

Dos nossos sonhos realizados

e aqueles que se perderam

na memória consciente.

Ah! Como é solúvel

o tempo de nossas vidas!

Parece que ele insiste em existir.

Mas nenhum tempo existe.

Não passamos

Não acabamos

Não esperamos

Permanecemos...

Permanecemos como folhas que caem!

Marco Antônio Pinto
Enviado por Marco Antônio Pinto em 30/08/2014
Código do texto: T4943601
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.