FACHADA


A realidade é tão transparente que não deixa
Escapar com fachada, disfarçando totalmente
Dolosa, pois o ninho fica vazio sem pertences.
Escolha cedo arrependimento tardio demais.

Dizem que, querer é poder, antes fosse pelas
Sementes sagradas inutilmente plantadas.
Percebe-se arder o ser sem expectativa, futuro.
Manhã chegada, tarde também noite vindoura.

Nas mãos os trapos da juventude perdida.
Fachada de desilusão desamor, preço caro.
No coração em chamas a labareda tortura.
Fala-se sem atitude decidida, faz chorar.

Mais uma desilusão? Lembranças amargas.
Fachada, só fachada para enganar a si próprio.
Dias passam, outros chegam sem companhia.
Criticada pelos sabedores, pois outrem existe.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 30/08/2014
Reeditado em 30/08/2014
Código do texto: T4943326
Classificação de conteúdo: seguro