SIGO EM FRENTE
SIGO EM FRENTE
Situações indescritíveis,
sensações impercebíveis,
posturas inconcebíveis...
Necessidade de seguir sozinho,
mesmo desejando estar acompanhado.
De sentir-se amparado
mesmo quando cada anseio,
cada expectativa
é tendenciosamente retroativa a um prazer que talvez não volte
a uma emissão de paz que só a sua voz conforta ao adentrar meus ouvidos, percorrendo meu interior tal como o prazer da musica,
ou inúmeras outras incontáveis formas de sorrir satisfatoriamente feliz,
Adentram rasgando o peito,
causando impacto e gritando dentro de mim:
sou eu não adianta fugir!
Não vá tentar escapar a que mal ou bem fadado estar.
Questionamentos emergem,
duvidas se fortalecem,
percebe se então que a luta é interior,
o conflito é de sentimentos;
alguns que ousam em afirmar que só crescem
que se fortalecem mesmo sendo aguerridamente combatidos,
enquanto outros na apatia estratégica
apenas nos consomem
tamanha avidez com a qual se espalham.
Resta-nos medicar,
aplicar paliativos,
atenuantes sem efeitos expressivos
ou focados em expressivos efeitos limitados,
onde a sensação de reconforto é falsa, temporária e de percepção frustrante,
a cada instante vivido,
a cada momento lembrado,
a cada fato sonhado a cada sonho sentido,
Sentimos a força de uma sensibilidade falha que temporiamente nos beneficia, mas esquece de nos fornecer anticorpos nutridos de potencialidade,
aptos a nos resguardar de verdade;
a conservar a nossa auto-estima
e perdurar a segura sensação de equilíbrio.
E ai mais um questionamento apresenta-se,
ha equilíbrio em quem não tenta?
O emotivo arde em combate com a razão
e a golpes duros e desferidos sem menor compaixão.
Apresenta-se como gritos de guerra e palavras de ordem
impondo as nossas cabeças a necessidade de ceder as nossas emoções
e de percebermos que atrelada a ela esta, a estrada,
a força e os demais ingredientes da tão perseguida,
da tão almejada e tão pouco encontrada felicidade.
Plena, efêmera, duradoura ou singular?
Não importa
o bem estar é o nosso comunicador
o sorriso no rosto,
a expressão do olhar,
a ternura dos gestos,
certamente alto hão de falar,
e hão de sanar todos os conflitos de ordem interna.
Paz!
estado de espírito permitido só aos guerreiros
que conhecem o preço da liberdade
e os árduos caminhos percorridos para tanto,
as quebras, quedas e desencantos,
mas também o prazer oriundo da sensação do vagabundo feliz,
ou no mínimo sempre fazendo por onde!
Sigo em frente.
Paz...