Caixa

Eu tentei, mas não pude

Ser assim como me pediram

Não era eu, não era nada

Era um robô sem vida

Eram leis demais

Regras demais

E não havia sentido algum

Não havia norte nem sorte

E me perdi no meio do nada

Mas já não lembrava de mim

Quem era eu, afinal?

Quais eram minhas regras

Meu jogo, minhas cartas?

Eu era a carta escolhida

Que no baralho não se encontrava

Como num truque eu sumira

E, sem demora, o mágico me revelava

Mas aí o show acabou

E a maquiagem foi lavada

Sem pensar, fugi desta vida

Que não me levava a nada

Agora tento voltar para minha caixa

Mas é pequena, cresci demais

Só tenho que recordar como ser eu mesma

Isso basta, nada mais

Dancker
Enviado por Dancker em 16/08/2014
Código do texto: T4925273
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