Caixa
Eu tentei, mas não pude
Ser assim como me pediram
Não era eu, não era nada
Era um robô sem vida
Eram leis demais
Regras demais
E não havia sentido algum
Não havia norte nem sorte
E me perdi no meio do nada
Mas já não lembrava de mim
Quem era eu, afinal?
Quais eram minhas regras
Meu jogo, minhas cartas?
Eu era a carta escolhida
Que no baralho não se encontrava
Como num truque eu sumira
E, sem demora, o mágico me revelava
Mas aí o show acabou
E a maquiagem foi lavada
Sem pensar, fugi desta vida
Que não me levava a nada
Agora tento voltar para minha caixa
Mas é pequena, cresci demais
Só tenho que recordar como ser eu mesma
Isso basta, nada mais