Dentro de mim
A minha alma está coberta,
Vozes exterminam o meu ser...
Habituada nessa fria lamúria,
Nunca mais verei o dia nascer.
Incerta...
Induzida a não continuar.
Leio estrelas no céu,
E jamais verei o dia raiar.
Vago ininterrupta...
Nos vãos de uma matéria torta
As vezes sonho claramente com uma vida,
Mas quando acordo,
Me encontro morta.
Dentro de mim...
Dentro de ti...
Nos buracos dessa vida monótona.
Por que tem que ser assim?
Até os pássaros cantam alegremente,
Enquanto eu,
No meu modesto mundo
Apenas choro freneticamente.