Solidão

Isolada

Como flor sem jardim,

Vaga num espaço

Sem saber aonde ir...

Tão sozinha,

Estrela sem céu, noite sem luar,

Coração sem amor...

Solitária. Em ninguém

Quer se ancorar...

Não quer ser amparada...

Prefere sofrer calada...

Não deixa ninguém chegar,

Desiludida, sofredora,

Sofre um desamor...

Quer ficar a sós,

Nem um dia de sol lindo

Faz sentir-se melhor...

Quanto desencanto,

Nenhuma canção

Faz crer num outro amor...

Uma palavra amiga já é demais,

Dispensa os amigos,

E nada lhe atrai...

Ainda tão jovem

Com o coração partido,

A primeira vez a vida já ensina

Que amar nunca foi ou será

Um conto de fadas,

Mais uma realidade

Que se aprende no dia a dia...

Cláudio Domingos Borges