O mar imenso do começo

Pingaram-me na medula

acesa

O mar imenso do começo.

O carbonato enfurecido

das tônicas, reptílicas;

O começo nuclear, pingaram-no

marmóreo, tão poesia.

Á porta podre um tímido:

o mar imenso do começo,

uns tais narizes minerais

Oh, tão raízes negativas

que o cheiro da pena os contorcia.

No chão a urina morna da conversa,

passos de sangue, amor átono...

E o que saltou

do membro básico da cena

voltada ao ritmo.

A Vasta prática dos cílios

e o rebento,

o cais materno pastorava,

íntimo lipídeo.

Avulso o tempo, Bolor burocrático,

esparramava em ópio os intervalos.

O dia ou fio respondia alérgico

e nas vontades se esticava.

Este corredor viscoso das matracas:

No rápido espaço as queimaduras

mesmas, no ventre pessoal, laborioso,

como a luz que baixa em erros

um troféu pesado, assim rugoso

e em farol se contentava, suplicante.

E me tirava as rezas, o teatro,

para o lago amamentado do frontal

ou morte-vida. Renascença

do punhal no estômago, seita

de um flúor.

Amante em vida das rapinas,

é beco harmônico sem prosa.

Pinga os que dormiram

teu Sincero.

A morte é pó tão de repente, anzol

tão de repente, tão de repente pulso,

Assim cutícula de estrada e apenas é

no ato,

frutificando o homem grave.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 02/08/2014
Reeditado em 02/12/2014
Código do texto: T4906636
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