Acreditava...

Como o estigma do retorno,

Como um retorno infinito.

Acreditava no sonho

Sem procurar justificá-lo.

Acreditava no sonho

Porque acreditava no bem

Mesmo quando eu estava longe.

Acreditava no sonho

Que nunca mais precisaria chorar,

Que a dor do trauma passado fosse superar.

Acreditava no sonho

Poder sorrir, e sentir a brisa

Em uma tarde na praia te mostrar

A imensidão do lindo azul do mar.

Acreditava no sonho

Que vivíamos em um mundo de amor.

Acreditava no sonho

No que meus olhos viram

E eu não pude continuar.

Acreditava no sonho

Como acreditava em mágicas,

Ver uma pessoa adulta

Sorrir como se fosse criança.

Acreditava no sonho

Que pessoas fossem pessoalmente reais.

Acreditava no sonho

Que flores e poesias tocassem o coração.

Acreditava no sonho

Mas fui apenas mais um pra sua diversão.

Sim, eu acreditava...

Paulo Henrique Oliveira

Brasília, 21 de Julho de 2014.