Por uma vã esperança
Sorvido pela saudade,
Que subtrai meu pensamento,
Em meu peito latejante;
Tuas lembranças...
Qual uma lâmina cortante.
Busco em vão o esquecimento.
Leva a folha em movimento
Com seu sopro forte, o vento...
Traz boas novas, novidades.
Corre a notícia na cidade:
Tu que vens, trazendo alento!
Tu serás ainda minha?
Serei desejo ou só passado?
Figuro em teus sonhos n’algum tempo?
Rememoro os bons momentos...
Tuas carícias...
Trago o peito enclausurado.
Idos sonhos de menino.
Soa triste o som do sino.
Te acompanha um ser de sorte.
Eis que clamo a própria morte!
Restava um fio...Meu desatino.