Premonições

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Decifra-me

ou serei lendária reticência...

No oráculo sideral,

dos astros deuses,

o Sol enamorou-se da Lua.

Divindades.

Criador e criatura.

Astro fonte de luz;

pontes que ligam sonhos,

o peso da cruz...

Iluminada beleza nua.

Entre eles,

a fragilidade de Ícaro.

Descumprindo a profecia;

ignorando previsões...

Ele, solitário, voou.

O amor, adágio ensolarado,

crispou-se no firmamento;

asas derretidas, caindo.

Fim de um sonho?

Espantoso tormento...

E a voz indecifrável qu’inda persiste:

‘Que sentimento, submetido a extremos,

suportaria a angústia da espera?’

Crato-CE, 15 de julho de 2014.

09h33min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 15/07/2014
Reeditado em 19/08/2014
Código do texto: T4882653
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