A noite do ceifador
Quando a lua se esconde entre as nuvens
E os cães já não latem para espantá-la
É quando das sombras emergentes surgem
Aqueles que vem a morte entregá-la
De capa preta e mãos esqueléticas
Capuz escuro e foice de aço cortante
Rosto de mulheres mortas e magérrimas
Flutuam sobre os campos de forma errante
Vieram te buscar, te levar pra outro lugar
Você que já sobreviveu ao estalar do açoite
Agora por uma simples mulher há de se matar
Sua alma sentirá na carne, delas, a foice
Vão-se as almas na noite do ceifador
Ficam as lembranças das noites de amor
Em ti marcada, de tua vida, tua dor
E vai-se embora, ser julgado pelo criador.