DEIXA-ME
Deixa-me, te peço!
As poucas linhas de minha vida
Que nada dizem de ti
São folhas amareladas,
De cantos amassados,
Que logrei preencher com mentiras.
Deixa-me, te peço!
Se doerá tua partida de mim,
Muito mais me rasgará por dentro
O teu estar não estando...
O teu ficar com olhos de partida.
Pelo menos poderei fechar o livro
E ressonar meu queixo cansado
Sobre as teias estratégicas
Que ficarão onde tu não ficarás.