DEIXA-ME

Deixa-me, te peço!

As poucas linhas de minha vida

Que nada dizem de ti

São folhas amareladas,

De cantos amassados,

Que logrei preencher com mentiras.

Deixa-me, te peço!

Se doerá tua partida de mim,

Muito mais me rasgará por dentro

O teu estar não estando...

O teu ficar com olhos de partida.

Pelo menos poderei fechar o livro

E ressonar meu queixo cansado

Sobre as teias estratégicas

Que ficarão onde tu não ficarás.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 08/07/2014
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