A VIDA QUE EU QUIS

A vida que eu quis pra mim

batizei com seu nome,

dei a ela apelido,

sei o dia em que nasceu.

Lembro das transparências dos nossos olhares, meu bem;

os dias construídos em confiança,

o prazer a parecer inesgotável,

emendando minutos de calmaria

a horas de paixão indefinível.

*

Mas quando o desejo

tornou-se fardo,

a delícia evaporou-se em um segundo rápido demais.

Cretina foi a dor,

estúpido foi nos queimarmos

com tantas lágrimas ácidas.

E, fracos que fomos

deixarmos o que era vida

abandonada,

pisada, esmagada

E ser obrigada, pobre dela, a morrer .

D.SConsiglio

Débora Consiglio
Enviado por Débora Consiglio em 29/06/2014
Reeditado em 29/06/2014
Código do texto: T4863532
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